segunda-feira, 26 de abril de 2010

CASA COR 2010

 PREVIEW  CERVEJARIA STELLA ARTOIS

CASA COR 2010

POR 
ADRIANA SCARTARIS - designer
3D THIAGO LUZ - arquiteto

DE 20/05 a 14/07
 


 


 

 

 


 


 


 

 


domingo, 18 de abril de 2010

Diamantes. Obras de arte da natureza, dos designers e de mãos talentosas.

Materiais fascinam o designer. Quer seja por suas características técnicas, por exclusividade, por conceito de aplicação ou simplesmente pelo fascínio.

Milhões de anos para que um diamante saia da natureza e encante olhos apaixonados depois de passar por mãos talentosas que esculpirem verdadeiras obras de arte!

O Diamante não é considerado a pedra dos apaixonados por acaso.
Na antiguidade, somente encontrava brilho similar em Vênus, a deusa do amor. Por isso era chamado de “Pedra Vênus”.
Para os geólogos, o diamante é a parte mais jovem da rocha vulcânica.
Para os joalheiros, seu valor se determina em função da lapidação que pode ser redonda, navete, gota, coração e alguns cortes especiais como o esmeralda e o radiante. Em ângulos simétricos e perfeitos parece criar luz própria ao refletir a iluminação que o cerca.
Em geral, quanto mais claro e com maior número de faces lapidadas, maior será seu valor de mercado. A cor, outro fator determinante, pode ir do incolor até o amarelo e são classificadas por letras em uma escala que vai da letra    D = incolor até a letra Z = amarelo.
As mais raras são as cores Azul, Vermelho, Verde e Rosa. Essas raridades chegam a preços inimagináveis no mercado internacional.
A palavra diamante tem origem grega = ADAMAS que quer dizer ETERNO.
E eternos são o mistério e o encantamento que provocam até no olhar mais insensível.
Dubai, mesmo com uma crise anunciada em manchetes carregadas exibe facilmente essas raridades incríveis com aplicações das mais inusitadas.







Algo realmente impactante é essa arma coberta de diamantes claros e negros, que o gerente da loja afirmou ser uma peça de decoração.
Á venda em uma das lojas de diamantes do hotel Burj al Arab.
US$ 5.300.000,00 por esta peça que parece real demais para ser decorativa.

Esse broche merece destaque por conta da raríssima pérola dourada. A pérola é uma gema de origem orgânica produzida em muitos moluscos, mas as que realmente possuem maior valor são as produzidas por moluscos marinhos. Suas cores variam entre tons de creme, azuis, rosas, prata, negro, verde e a mais valiosa, a dourada. Este broche em diamantes claros e negros com pérola dourada é avaliado em US$1.800.000,00


Pessoalmente eu não diria que me agradaram, mas vale destacar o belo diamante azul em forma de coração neste relógio totalmente coberto de diamantes e avaliado em US$ 2.500.000,00.
Ao lado, um relógio em rubis e diamantes avaliado em US$ 1.300.000,00
Coberto de diamantes claros e negros o relógio masculino facilmente encontrado nos pulsos dos sheiks. Valor aproximado US$ 1.500.000,00

Todo coberto de diamantes. Vale US$ 2.600.000,00




Das mais preciosas, a esmeralda já foi consagrada desde a antiguidade
No túmulo do Faraó Tutankhámon, um escaravelho esculpido em esmeralda representa a imortalidade da alma.
Escolhida pelo profeta Moisés como uma das pedras do peitoral de Aaron (peça em ouro maciço cravejada com 12 pedras preciosas cada uma representando uma das tribos de Israel) usado em grandes cerimônias.
Cleópatra a elegeu como pedra do amor.
O Brasil é hoje o maior produtor dessas belas gemas.
Este conjunto incrível de colar, brincos e anel é avaliado em torno de US$8.000.000,00. A pulseira estava reservada e não tinha seu valor divulgado.
Irresistível! Experimentei este colar e por alguns minutos me senti uma rainha.
Para os que amam este esporte muito praticado em Dubai, o broche em diamantes claros e negros com uma bela Safira. Os antigos acreditavam que a safira possuía a capacidade de promover a paz. Considerara por muitos povos como protetora do espírito e com capacidade de curar os males da alma.        A palavra safira deriva do grego e significa cor azul. Valor não divulgado por estar reservada.                                                                                       
Um celular coberto com diamantes dispensa comentários!
Perfumeiros em cristal com detalhes em ouro! Realmente um mundo à parte!
















Ouro e diamantes em um grande mercado. Assim, na rua! Você pode comprar o que quiser, sair usando com a maior tranquilidade, esquecer a bolsa como fiz em 4 lojas, voltar encontrá-la exatamente no mesmo lugar onde esqueceu e principalmente sonhar com tudo o que vê.

Como designer, registrei o que vi e a linguagem muito diferente da nossa que norteia a criação.
Como mulher normal que sou, queria comprar tudo!

                                                                                         
Matéria publicada na Revista High Society /CAPA abril 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dubai. Um banho de cores e formas.


Minha experiência como interior designer em Dubai pode ser definida como um verdadeiro banho de cores e formas.
Nosso trabalho aqui no Brasil vive nos últimos anos uma quase “ ditadura do bege básico”. Criamos ambientes bem comportados e elegantes com alguns toques de ousadia e cor,  sempre bem discretos. O resultado do trabalho é  atemporal,  correto e aconchegante.  Tudo muito bem até cair em outro mundo onde tudo brilha, tudo é sinuoso, muito rico em detalhes e maravilhosamente colorido!
Me despi completamente dos preconceitos e da máxima, na minha opinião, muito ultrapassada de rotular o gosto como bom ou mau. Simplesmente me deixei seduzir pela exuberância de tudo o que vi e pelo estilo de vida que não conhecia.
 Voltei a mesma?                                                                                                     
Felizmente não  
Matéria publicada na Revista  HIGH SOCIETY MAGAZINE - março / 2010


 
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Todos os espaços tratados com a mesma atenção aos detalhes; até mesmo a entrada do estacionamento menos utilizado. Se é que podemos chamar de detalhes, as imensas colunas em mármore com desenhos egípcios folheados à ouro.                                                                                                       

 

A casa de hóspedes de um grande empresário árabe que atua nos segmentos de hotelaria e diamantes é usada para receber empresários e representantes de outros países em viagens de negócios com a Câmara de Comércio Brasil Arábia. O projeto concebido em linguagem ocidental mostra nos detalhes o requinte e nobresa dos palácios árabes.
O requinte nos detalhes sempre em materiais nobres como as arandelas banhadas  à ouro e os vasos de coleção. 
 Na arquitetura de interiores linhas mais limpas. Esta escada com guarda corpo em vidro curvo e totalmente em balanço impressiona pelo grau de dificuldade na execução. 
O living destaca a louça de coleção e pequenos objetos com detalhes em ouro. Toques sutis. Concebido para que os hóspedes se sintam em casa. 
Este seria um espaço comum não fosse pelos maravilhosos abajures em jade e ouro com cúpulas de seda. O painel em  mármore africano na parede abriga peças banhadas a ouro com ricos detalhes de arabescos.
Um passeio pelas lojas do famoso hotel Burj al Arab.
Produtos das melhores grifes mundiais ganham ainda mais destaque pelo requinte da arquitetura. Impossível não se impressionar com a qualidade do acabamento dos detalhes todos banhados a ouro.
O  lob do Bur al Arab é um show de cores e grafismos. O imenso tapete, com aproximadamente 30 metros de comprimento, feito á mão em peça única e a concha que abriga um dos balcões de recepção toda folheada a ouro. Ambos, trabalhos irretocáveis.
O teto folheado a ouro com perfeição!
Tudo o que reluz é ouro!
O Shopping Wafi City  é um mundo a parte. A inspiração vem do Egito e tudo é grandioso e impactante. Os lustres em cristal e detalhes banhados a ouro medem aproximadamente 5 metros de diâmetro. Colunas monumentais sustentam o teto totalmente folheado a ouro.
Um dos restaurantes do shopping. O piso com mosaicos em mármore tem peças de até 1 cm com encaixe perfeito. Todas as paredes e detalhes em mármore com arabescos esculpidos à mão levam os olhos para o alto ao encontro do teto aberto e um céu cheio de estrelas.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Motocicleta e o Design




Por Adriana Scartaris
Artigo publicado na Revista Boulevard

 
Como definir e entender o que há por traz deste produto de design engenharia e tecnologia?
Mais que um produto, a motocicleta representa um estilo de vida, muitas vezes, um sonho!

Astros de cinema incorporaram personagens que ditaram e ditam moda. Ainda hoje notamos nas ruas de grandes cidades como São Paulo, figuras que parecem saídas do filme “Sem Destino”. Homens e mulheres que estampam em seus rostos o gosto pela liberdade que vem com o vento.
Motoclubes se formam de acordo com o estilo de seus integrantes: os que gostam de motocicletas esportivas e velozes, os que gostam de motocicletas mais confortáveis para cortar o país pelas estradas, os que gostam de esportes radicais...
Quem nunca viu um motociclista vestindo uma jaqueta com franjas, usando uma bandana estampada com a bandeira americana amarrada no braço, uma calça de couro, uma bota com “bico fino”, pilotando uma Harley, levando a esposa na garupa, com uma inconfundível “cara de feliz”. Ou ainda, quem nunca notou enquanto dirigia por uma auto-estrada (se é que deu tempo), passando pela janela lateral, um grupo de motociclistas com suas belíssimas, coloridas e potentes motocicletas esportivas. Os capacetes ultramodernos, os macacões que aliam tecnologia em sua modelagem, a postura, tudo contribui para que eles pareçam saídos de um filme de ação. E aquele que passa praticamente fundido com sua MotoCross, como se fossem um único ser coberto de lama. Não poderia esquecer os motoboys que formam uma das maiores tribos de nossa cidade. Interferindo no design original de suas motocicletas, os motoboys acabaram criando mais um estilo adornando suas motos com adesivos, removendo carenagens, pintando “quadros” e com sua maneira “própria” de pilotar.
Pois é; este é o resultado da criação de um dos produtos mais bem aceitos da história do design.

Nascidas da simples necessidade de locomoção, as motocicletas são para muitos, mais que produtos, representam um estilo de vida que se reflete em comportamento, hábitos, maneira de vestir etc. Um verdadeiro “ciclo de consumo” se forma em torno deste estilo. Não há como ser indiferente a este produto, quem o adquire, de uma forma ou de outra, acaba adquirindo também uma nova maneira de encarar a vida e o simples ato de “ir e vir”. 
Scooters e Motocicletas nasceram quase ao mesmo tempo; farei agora uma retrospectiva ilustrada com modelos incríveis que mostram sua evolução.             



..........................................SCOOTERS................................................... 
Sinônimo de cultura urbana jovem. 
As favoritas e clássicas foram a Vespa e a Lambretta.
 As européias com linhas curvas e as americanas retas e angulosas.
Scooters são populares desde 1920 quando um brinquedo de criança
foi transformado em um meio de transporte barato,
                           leve e fácil de dirigir.                  
              
Autoped – 1915 EUAProduzida nos EUA de 1915 a 1921.
Sua vantagem era o tamanho e praticidade. Foi projetada para andar em pé.

A coluna de direção era dobrável para ser fácil de guardar.
Sua velocidade máxima chegava a 32 km/h.
ABC Skootamota – 1919
Muito utilizada depois da 1 ª Guerra Mundial. Design britânico tem como inovação o assento. 
É de onde vem o modelo padrão scooter.
Sua velocidade máxima chegava a 40 km/h.
Cushman Auto-Glide – 1937 EUA
Os modelos europeus eram de linhas curvas e esta americana
mais angulosa e reta.
A mesma simplicidade formal do design de veículos. 
Velocidade máxima, 48 km/h.
Cushman 32 Auto-Glide - 1945
Essa, agora com faróis, suspensão, marchas e transmissão automáticas. 
Possui um pequeno bagageiro atrás do assento.
Indian Papoose - 1948D
Do mesmo fabricante americano da scooter, este modelo foi muito
utilizado na 2 ª Guerra Mundial.
Detalhe: o banco “desce” e permite que se dobre a coluna de direção.
Vespa Grand Sport 160 - 1963
A mais famosa de todas.
O nome vem do zumbido de seu motor (parecido com o de uma vespa).
A primeira “Vespa” foi criada em 1946 por Corradino d’Ascanio, que antes projetava aviões.
Chassis e traseira largos. Este modelo é considerado o melhor modelo de Vespa. 
Velocidade máxima 100km/h. 
Vespa ET2 – 1996
Tendo como referencia modelos antigos, este modelo tem 
inovações em suas formas.
Um grande sucesso “revival” da década de 60.
Mais econômica e menos poluente.


.............................................MOTOCICLETAS.........................................
As primeiras datam do fim do século XIX.
Baseadas nos chassis de bicicletas. Faltava força ao motor; eram difíceis de pilotar e os faróis eram inadequados.
Em 1901, Werner Brothers produziram sua primeira motocicleta. 
Com ignição eletrônica e sistema de freio avançado. 
Trinta e cinco anos depois, 
Harley Davidson produziu a “61E” – a evolução das motocicletas! 


Werner 1901 – França (32km/h)
Os irmãos Werner fizeram a 1 ª bicicleta motorizada com produção
e venda significativa. Tinham um visual integrado.
A primeira motocicleta “real”! 
Excelsior 1912 – EUA (161 km/h)
A primeira a chegar a tal velocidade.
Tinha barras de direção longas comum na década de 20. 
BMW R32 1923 – Alemanha (85 km/h)
Criada pelo designer de aviões Max Friz. 
O motor encaixado na armação fazendo os cilindros serem resfriados pelo ar.
Megola Racing Model 1923 – Alemanha
Uma das menos convencionais. 
O motor está dividido em 6 cilindros dentro da roda dianteira!
A cada volta da roda, o motor rodava 6 vezes na direção oposta. 
Triumph Speed Twin 1939 – Inglaterra
Design de Edward Turner. Tem linhas elegantes. 
Este modelo foi adaptado ao mercado americano na década de 50.

Indian Chief 1947 – EUA
Criada para conforto e não para velocidade.
Pára-lamas fechado e guidão cromado com assento em couro preto fazem deste modelo, um artigo luxuoso. 
Honda CB 750 1969 – Japão
Início da era das “Super Motocicletas”!
Combinando freio a disco, 5 marchas, ignição eletrônica, motor de 4 cilindros e
velocidade máxima de 200km/h! 
Harley-Davidson Evolution FLTC
Tour Glide Classic 1989 (177 km/h)
Lançada para competir com a Goldwing de Honda. 

Conforto era o principal objetivo. 
Com plataforma para os pés do piloto e apoio de braço 
e costas para o passageiro. 
Kawasaki ZZ-R1100 1990 - Japão
O ponto máximo deste modelo é a grande velocidade (282 km/h)!

O tanque foi esculpido para encaixar entre as pernas do piloto.
Uso de conceitos de aerodinâmica no design.

Mais de 20 anos depois, este conceito ainda norteia os designers e engenheiros. Um grande marco na evolução do design dessas máqu
inas de sonho!