A principal mostra do mundo completa 50 anos em 2011. Ao longo de todos esses anos, a feira tem revelado tendências, novas tecnologias, formas e materiais que atraem todos os olhares no setor de móveis e decoração.
2001 - A família dos poli (polipropileno e polietileno) impera nesta edição do Salão. Ora transparente, ora, colorido, o material mostra toda a sua flexibilidade em cadeiras e pufes. Há espaço para as curvas, mas também para as formas mais brutas. Antecipando tendências, Marcel Wanders reveste uma poltrona de lã muito semelhante ao feltro, material que ganhou mais aparição nos últimos anos.



2002 – Ainda reflexo da edição anterior, o Salão deste ano traz muitas peças de plástico. Embora não haja a presença de estampas, as açores únicas são bem variadas. Há espaço para o humor, item fundamental hoje em dia. Os irmãos campana apresentam uma de suas peças mais incríveis, uma poltrona forrada de bichos de pelúcia.



2003 – Formas limpas e funcionalidade. Em 2003, os lançamentos apresentados no Salão provaram que menos é mais. Madeira, vidro e metal foram explorados em seu estado natural e o minimalismo predominou nos móveis e acessórios de decoração. Criatividade, no entanto, não faltou aos designers: a inspiração na psicodélica década de 1960 pôde ser notada pelas cores e pelo uso de matérias como o plástico e o acrílico.


2004 – Apesar da crise que assolava o setor moveleiro italiano naquela época, tendências novas apareceram no Salão. As principais foram a substituição das linhas retas pelas curvas, o uso intenso de materiais mais quentes como a madeira e, em especial, a preocupação com o conforto máximo. Sofás grandes, tecidos macios e mesas laterais para deixar tudo ao alcance marcaram a 43° edição da feira.


2005 – Nos lançamentos de 2005, destaque para a interação entre a superfície dos móveis e o usuário. Por meio de recortes, relevos tecidos e texturas, o toque e a sensação tiveram prioridade no design. Nos materiais, o predomínio foi plástico, utilizando à exaustão, como muita cor e brilho. As estampas psicodélicas vieram com força e substituíram os florais.


2006 – A 45° edição do Salão do Móvel sofreu os ecos da crise na economia italiana. Por isso, peças que já eram conhecidas pelo público acabaram voltando, mas repaginadas. Ainda assim, a criatividade impulsionou a chegada de novidades. Entre as principais tendências, estão o uso das cores, a aposta em materiais como a lã e o feltro, além de móveis com formas que desafiam, mas não prejudicam o conforto.


2007 – quem disse que o preto e o branco são sinônimos de frieza? Esta edição da feira provou o contrário: as duas cores, que predominaram no design, podem, sim, ser quentes e acolhedoras. Isso acontece por conta de alguns detalhes, como os brilhos, as texturas e as formas que vieram mais orgânicas e menos retas. Couro e metal foram os materiais da vez.


2008 – A volta ao passado deu o tom ao 47° Salão de Móvel. Reinterpretações de estilos clássicos, com tramas, capitonê e artesanato, entre outras características, deixaram o design italiano mais quente e humano, remetendo a lembranças de peças antigas. A inspiração no Oriente também foi destaque, principalmente nas estampas de tecidos, em tapetes, almofadas e estofados.


2009 – Nessa edição, tecidos, bordados, e trançados revestiram a superfície das peças e convidaram ao toque. A pele dos móveis era o que determinava as formas, e não o contrário, como de costume. Isso deu origem a muita variação. Ainda sofrendo os reveses da crise econômica. O design italiano se dividiu em dois caminhos: um do otimismo, usando cores, estampas e brilhos, e o outro, da segurança, apostando em tons calmos e em materiais conhecidos.


2010 – Olhar não basta. Na edição do ano passado, era preciso tocar nos móveis. Materiais fingiram ser o que não eram, luzes formavam, labirintos e as texturas se misturavam, enganando os olhos de quem visitava a feira. Os designers prezaram pelo ultraconforto e abusaram da criatividade. Pais isso, a grande onda era apostar em uma ampla gama de materiais, que ia do alumínio a uma lona que imitava tricô, passando por plástico, metal e madeira.


Fonte: Casa e Jardim